IR. CELESTINA ULLIANA

IR. CELESTINA ULLIANA

10/02/1915 + 22/12/2009 -------------------------

Biografia

 

ITINERÁRIO

 

ANO COMUNIDADE                                              CIDADE
1943 Santa Casa de Miseriórdia                             Araraquara
1944 Hospital Matarazzo                                       São Paulo

1949 Santa Casa de Misericórdia                           Mococa
1951 Beneficiência Portuguesa                              Bauru
1952 Santa Casa de Misericórdia                           São João da Boa Vista

1953 Santa Casa de Miseriórdia                            Araraquara
1957 Santa Casa                                                    Casa Branca

1961 Santa Casa                                                    Lins
1964 Santa Casa                                                   Adamantina
1969 Santa Casa                                                Cafelândia
1973 Santa Casa de Misericórdia                         Araçatuba
1975 Santa Casa de Misericórdia                         Jaú
1976 Santa Casa                                                Birigui
1979 Lar São Vicente de Paulo                            Marília
1980 Betânia das Apóstolas                                Marília
1983 Asilo São Vicente de Paulo                         São João da Boa Vista

1988 Comunidade Rosa Mística                          Águas da Prata

1993 a 2009 Betânia das Apóstolas                       Marília
 

Ir. Celestina Ulliana nasceu em Colle Umberto – Treviso na Itália em 10 de fevereiro de 1915, filha de Paulo Ulliana e Celestina Biessi. Chegou ao Brasil com seus pais em 1922 no porto de Santos-SP, de onde partiu, fixando residência em Promissão, interior do mesmo estado. Entrando no Instituto dedicou-se à Enfermagem, serviço que prestou por muitos anos, nas diversas casas por onde passou. Sempre com grande caridade cumpria suas tarefas com responsabilidade e muito recolhimento. Muito pouco foi o que escreveu, porém sempre se fez notar pela preocupação que tinha com sua vida espiritual, Maria Santíssima lhe era especialmente querida. A cada dia da semana, costumava escolher um santo protetor, uma mortificação a praticar e uma jaculatória correspondente a rezar e eram sempre bem definidas suas intenções para as orações e missa diárias. Passou por momentos difíceis em sua vida, mas soube superá-los com a graça do Senhor e a força do seu Ideal de Apóstola.

 

Na Betânia, onde viveu por muitos anos, poucas foram as visitas que recebeu de seus familiares, porém, não se sentia só, porque a presença do Senhor lhe era constante. Passou muitos anos de sua vida, quase 19 anos, acamada, imolando-se pelo triunfo do Coração de Jesus na Igreja e no mundo, tudo suportando silenciosamente e mostrando-se agradecida através de gestos delicados. Não podendo mais falar, por alguns anos, mas expressando a pureza e bondade do seu coração Consagrado ao Amor, sorria; e assim, na madrugada de 22 de dezembro de 2009, partiu para a casa daquele que ela sempre amou e a Quem dará louvor e glória por toda a eternidade.

 

Que Ir. Celestina interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos Apóstolas fiéis e Santas.

 

Irmã Celestina Uliana faleceu no dia 22 de dezembro de 2009 à Oh30 min. após longos anos de permanência no leito, de quase 19 anos, em total dependência. Estava com 94 anos de idade. Em seus pertences particulares e pobres encontramos poucos recursos que possam revelar algo de sua vida religiosa. Transparecem, porém algo de sua piedade e de sua preocupação de viver bem os seus compromissos de consagrada.

 

Depoimentos

 

Algumas informações obtivemos de entrevistas com as Irmãs e funcionárias.

 

Irmã Lucia Bernardes – Conheceu a Irmã quando trabalhavam no Hospital Matarazzo em S. Paulo. Irmã Celestina era muito atenciosa com todo, doentes e funcionários, angariando amizade e simpatia de todos que a conheceram. Confirma que sempre se distinguiu pela sua delicadeza. As duas estudavam à noite, mostrando a Irmã Celestina sempre muito aplicada. Irmã Lucia narra que quando a sua irmã, Irmã Paulina morou na Betânia, apesar de serem acometidas pela esclerose, sempre a visitava. Ambas não se comunicavam verbalmente, mas a Irmã Celestina sentava ao lado de sua cama e os olhares que se cruzavam entre as duas era o meio de comunicação e de manifestar amor e o interesse recíproco. Irmã Celestina sentiu muito a morte de sua irmã. Irmã Celestina também tinha um caráter que exigia dela muito esforço e um trabalho constante para um aprimoramento das virtudes.

 

A funcionária Suzana trabalha na Betânia desde 1990 e a Irmã Celestina morava na Comunidade de Águas da Prata, informa ela. A Irmã foi transferida para a Betânia ficando aproximadamente um mês e como não se habituou, retornou para aquela Comunidade. Entretanto, a Irmã Celestina veio definitivamente para a Betânia e aqui permaneceu até o momento final de sua vida. Durante todo tempo que aqui esteve não tinha quase nenhuma expressão verbal. Por tudo o que fazíamos por ela, sempre se mostrou agradecida, confirmando com gestos gentis, educados e delicados e nunca nos deu maiores preocupações. Depois que não mais falava, não havia como se comunicar, apenas dávamos a ela a assistência necessária. Quando sua irmã, a Irmã Paulina esteve aqui na Betânia, acamada, Irmã Celestina sentava-se ao lado de sua cama e os olhares que se cruzavam entre uma e outra se comunicavam em profundo silêncio. Imaginamos como se queriam bem as duas irmãs.

 

Poucas Irmãs desta Comunidade conheceram Irmã Celestina, a não ser na situação que se encontrava. As que estavam na Betânia referem, no entanto, que foi muito delicada, dedicada aos trabalhos que lhe foram confiados; muito boa pessoa. Não obstante os momentos difíceis que passou, procurou superá-los com amor e dedicação.

 

Em seus poucos escritos, nota-se que foi uma Irmã que se preocupava com sua vida espiritual. Em cada dia da semana costumava ter um santo protetor, uma mortificação a praticar, uma jaculatória correspondente a rezar. Suas intenções na oração eram bem definidas, como também a Missa diária. Aqui na Betânia raramente recebia visitas de familiares.