IR. ENRICA ANDREANA

IR. ENRICA ANDREANA

21/07/1913 + 12/05/1986 -------------------------

Biografia

Irmã Enrica foi uma Apóstola de opinião. Jamais quis retornar à Pátria e à família, para não retirar em nada a doação que fizera a Deus de sua vida. Consciente de seu difícil caráter e de suas tantas limitações humanas, nos momentos de grandes dificuldades recorria a Cristo Eucarístico, permanecendo em oração até perceber com clareza qual deveria ser sua maneira de agir. Se forte foi seu temperamento, mais forte foi seu amor e confiança no Coração Eucarístico. Isto pode constatar numa carta dirigida à Madre Provincial, que a repreendera pelo seu comportamento e atitudes pouco condizentes com a vida religiosa. Assim diz: “Querida Madre, meus olhos não querem parar de derramar lágrimas. Sei que a senhora não necessita de palavras, mas de fatos; hoje me sinto arrependida de minha vida e de ter feito uso dos meus dias para dar mau exemplo. Dirijo-me à senhora, com humildade e vergonha, pedindo perdão de tudo e prometendo, de hoje em diante, não dar-lhe o mínimo desgosto. Tenho grande fé no Coração de Jesus que a senhora me perdoará e agradeço de todo coração, pedindo sua bênção”.

Ao chegar ao Brasil, prestou serviços de enfermagem, por pouco tempo, a fim de atender a necessidades urgentes, dedicando quase toda a sua vida a trabalhos em rouparia. Prestou serviços em Araraquara,SP, Campinas,SP, Cafelândia,SP e no Hospital Matarazzo, em São Paulo,SP. Após um ano de trabalho no Colégio de Marília,SP, foi transferida para a Santa Casa de Poços de Caldas,MG, lá permanecendo por  vinte e sete anos.

Em 1983, sentindo-se cansada e sem condições de coordenar os trabalhos da rouparia da Santa Casa, manifestou o desejo de ir para a Betânia. Lá chegando, assumiu o trabalho de sacristã, cuidando com zelo e amor da capela.

No início de 1986, sentindo-se mal de saúde, quis retornar ao médico de Poços de Caldas, o qual constatou gravíssimo seu estado. Ficou hospitalizada, submetendo-se a vários tratamentos com poucos resultados; o mal se agravava. Percebendo que não teria condições de recuperação, preparou-se, da melhor maneira possível, para o encontro com o Esposo, que ocorreu no dia 12 de maio, aos 73 anos de vida e 49 de vida religiosa.

Após a Santa Missa de corpo presente, celebrada pelo Capelão da Santa Casa, e da qual participaram várias Irmãs, Noviças, Postulantes e grande número de amigos e conhecidos, deu-se o sepultamento, no cemitério local.