IR. ARSENIA ALVES OLIVEIRA

IR. ARSENIA ALVES OLIVEIRA

27/09/1924 + 18/06/1997 -------------------------

Biografia

 

Ir. Arsênia deixou-nos a lembrança de uma pessoa piedosa, fiel a Deus, à Igreja, ao Instituto e muito delicada no relacionamento com o outro. Destacou-se como Apóstola da Reparação, pois conhecia a arte de oferecer a Jesus o bálsamo do sofrimento, da ausência da visão ocasionada pela enfermidade e, como testemunhou uma Irmã: “Ir. Arsênia não só oferecia, mas abandonava-se nas mãos de Deus e entregava, sobretudo,  a impossibilidade de se locomover. Na sua oferta, colocava, principalmente, as jovens vocacionadas, que responderam ao chamado de Deus, a Madre Geral e Conselho, os sacerdotes e o Instituto que tanto amou”.

 

Exerceu a atividade de Enfermeira, dedicada e generosa, nas Santas Casas de Ribeirão Preto,SP, Hospital Matarazzo, São Paulo,SP, Dracena,SP,  Lins,SP, Poços de Caldas,MG,  Mococa,SP, Jaú,SP, Casa Branca,SP. De 1972 a 1982, trabalhou na Betânia. Sentindo o peso de sua enfermidade, passou uma temporada em Campos do Jordão, para tratamento e descanso, retornando  para a Betânia. Ficou, depois, dois anos na Creche Madre Clélia, em Bauru,SP, como assistente de enfermagem e continuando, por mais um período, na Casa das Apóstolas, em Águas da Prata. No início de 1991, foi transferida para a Betânia,  até quando  o Senhor a chamou para ocupar o lugar que lhe estava preparado, desde toda a eternidade. No seu semblante, meigo e sereno transparecida a dor que ocultava e que fazia dela uma contínua oferta ao Esposo, pela Igreja e por  todas as Irmãs Apóstolas.

 

Prevendo seu fim, disse um dia: “Peço ao Coração de Jesus  que não me leve no dia a ele dedicado, pois é nossa festa e eu não quero estragar esta linda solenidade das Apóstolas.” 

 

Depoimentos

 

Ir. Emília Alves de Oliveira - Minha Mãe teve dez filhos. Criou sete; Ir. Arsênia foi a terceira. Quando eu nasci ela estava com dez anos, por isso cuidou de mim, e depois de nosso irmão caçula. Ela ajudava muito minha mãe; nós morávamos no sítio, vida bastante difícil, como é a vida na roça. Mesmo assim ela ia à Missa a pé com meus irmãos mais velhos. Ela era  “Filha de Maria” e ele, “Congregado Mariano”; caminhavam 7 km, de uniforme branco pelas estradas poeirentas e as vezes com chuva. Ir. Arsênia fez o curso primário numa fazenda próxima ao nosso sítio. Era sempre alegre, fervorosa “Filha de Maria”. O meu irmão mais velho foi ser sacristão no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. Ela, sentindo o chamado para ser religiosa, falou com a Ir. Demétria Sanches, Apóstola, na época “Missionária Zeladora do Sagrado Coração de Jesus, cuja família era de Vera Cruz,SP, por intermédio de meu irmão que conhecia a família. Ir. Arsênia foi orientada por Ir. Demétria que foi para o Colégio em Marília; aí preparou o enxoval e foi para São Paulo, em 1942, na Vila Pompéia; minha irmã foi boa filha para meus pais e boa  irmã para os irmãos. Sempre ela ajudou a todos. Também foi uma boa Apóstola. Onde a obediência a colocava, procurava fazer tudo com amor, desempenhando seu ofício com responsabilidade. Nos últimos anos de sua doença oferecia tudo a Deus, principalmente sua visão, e desabafava dizendo que não podia rezar o Ofício Divino e as orações comunitárias, nem com o auxilio de lupa pois em conseqüência da diabete, ficou com deficiência visual. Rezava muito pelos Sacerdotes.Ela deixou para mim a herança ainda quando criança ela me escreveu falando da importância do Primeiro Sábado do mês pelos sacerdotes. Seis dias antes de sua morte, despediu-se de mim pedindo perdão e me aconselhando a ser boa Apóstola. Uma de suas fortes características era a de ajudar as jovens vocacionadas, e as jovens Irmãs, com palavras, ensinando enfermagem e aconselhando-as.

 

Ir. Leonilde Veronezi  – Ir. Arsênia era de Vera Cruz, interior de São Paulo; na época, pertencia ao movimento das Filhas de Maria. Ela sempre muito cortês, refletia bem, antes de responder perguntas. Trabalhou longo tempo no Hospital Matarazzo e sua dedicação fez dela uma ótima profissional. Além da diabete, contraiu câncer e ficou com dificuldade visual. Suas conversas tinham cunho espiritual. Fez da doença um trampolim para o céu. Foi caluniada, sofreu muito e aceitou a situação inocentemente.

 

Ir. Alaíde Moreira Foz - Ir. Arsênia  fez o curso de Auxiliar de Enfermagem e era assídua às aulas; gostava muito do trabalho com os doentes para os quais se dedicava com amor. Sentia-se feliz como profissional da saúde. Trabalhava à noite e durante o dia não dormia bem, mesmo assim permanecia sempre  calma , boa e não se queixava de nada.

 

Ir. Palmira de Oliveira - A Ir. Arsênia foi uma criatura de Deus. Sempre calma, tranqüila, bondosa, caridosa. Deixou o noivado para entrar no convento. Sofreu por causa da diabete.

 

Ir. Fulvia Perin - Ir. Arsênia durante muito tempo trabalhou como enfermeira noturna. Era atenciosa e caridosa com os doentes e na comunidade. Quando orava na Betânia por muito tempo ficou inconsciente.

 

Ir. Mariantonieta Pinto Silva - Era de gênio bom, silenciosa, calma, alegre e rezava muito.

 

Ir. Alzira Carolino de Sá - Ir. Arsênia trabalhava à noite na Enfermagem, dedicando-se ao cuidado dos doentes e era atenciosa em prover-lhes o necessário. Muito boa, caridosa e atenciosa com todos, devido a sua doença que a acolheu com fé e resignada.

 

Ir. Eligia Brito - Ir. Arsênia era boa, paciente, calma e trabalhadora. Sofreu muito quanto morava na Betânia devido a sua doença que acolheu com fé e resignação.