IR. GABRIELA NODARI

IR. GABRIELA NODARI

18/03/1902 + 20/10/1987 -------------------------

Biografia

 

 

 

 

 

 

Nº do Registro Geral: ????

Nome Religioso: IR. IRACY GAZOTTO

Nome civil: Iracy

Local e data de nascimento: Tamboara/PR – 10/05/1952

Filiação: Valdomiro Gazotto e Francisca de Freitas

Local e data do Postulado: Curitiba/PR – 22/02/1970

Local e data do Noviciado: Espírito Santo do Pinhal/SP – 02/02/1971

Local e data da 1ª. Profissão: Espírito Santo do Pinhal/SP – 11/02/1973

Local e data da Profissão Perpétua: Curitiba/PR – 13/01/198?

Local e data do falecimento: La Plata/Argentina – 07/10/1987

Observações: Faleceu com 35 anos de idade e 14 de Profissão Religiosa

 

Depoimentos

Ir. Josefa Gonella - Como noviça Ir Iracy fez o ano prático, no Colégio Santa Margarida Maria Alacoque, em La Plata, Argentina em 1972. De 1976 a 77, foi como missionária no Chaco, Argentina. De 1977 a 78 esteve no Colégio Corazon de Jesus de San Miguel Del Monte, Agentina. Como professora e estudante. De 1978 a 79, no Colégio Santa Margarida Maria Alacoque, La Plata/Ag. Sendo catequista e professora. Em 1984, no Colégio Corazon de Jesus, em Buenos Aires/Ag. Atuou como Diretora da Escola, onde ficou até o momento de sua enfermidade. Em maio começou a sentir-se mal e apresentar sintomas estranhos, quando foi encaminhada ao Hospital Italiano de La Plata.

Após os exames, constatou-se um tumor maligno no lado esquerdo do cérebro, vindo a ser operada no dia 23 de maio no Instituto Médico Platense, Argentina. Apresentou relativa melhora após a operação, retornando a Buenos Aires, assumindo algumas atividades que lhe eram permitidas. Foi submetida a aplicação de radio e quimioterapia que lhe causaram grandes sofrimentos. No início de outubro, novamente começou a passar mal, sendo encaminhada a La Plata e no dia 7 pela manhã fora internada, entrando em coma, imediatamente vindo a falecer no dia 7 de outubro às 18h15min. ela que tanto amava a Virgem Maria, no dia de sua festa, Nossa Senhora do Rosário, veio buscá-la para participar das alegrias eternas junto ao Coração de Jesus e Madre Clélia.

Em carta a mim dirigida, após a sua operação, externa seus nobres e profundos sentimentos: “Após estes dias de enfermidade, em que procurei participar, com Cristo em seus sofrimentos, às vezes muito dolorosos, agora estou aqui, esperando a vontade divina, confiando em suas orações” (Carta 5/6/87). “Estou um milhão de vezes contente, porque a enfermidade está na vontade de Deus e a aceito com alegria e satisfação, porque cumpro seu desígnio sobre mim. Estou disposta a tudo: a viver sã e trabalhar muitíssimo para a Vice-província ou, a morrer e encontrar-me com o meu Esposo desejado; o que mais me custa, todavia, é viver com alguma enfermidade que me impeça de trabalhar, porém, é o exercício de aceitação que estou fazendo, Senhor! Aceito o que tu queres” (carta de 23/6/87).

As próprias coirmãs dão testemunho a respeito da Irmã Iracy: dizia sempre que morreria jovem! E que oferecia seus sofrimentos pelas vocações e pelas junioras. Era pronta e generosa em atender as solicitações das coirmãs. Quando alguém lhe pedia algo, sempre atendia. Era disponível para qualquer trabalho, especialmente aos serviços humildes. Era bastante dotada, sabia fazer de tudo e se oferecia para ajudar; não gostava de perder tempo. Era autêntica e veraz, temperamento aberto e alegre. Não gostava de ouvir falar mal de ninguém. E não podia ver ninguém triste. Era despegada de tudo e pobre. Em seus sofrimentos nunca a ouviram queixar-se. Fazia de tudo para não dar trabalho para ninguém. Era como um cordeirinho, estava abandonada nas Mãos de Deus. Sofreu com amor. Na sua enfermidade apreciava participar da missa e rezava muito. O sacerdote que celebrava a missa dizia: “esta é uma Irmã forte”. Era dócil, obediente e muito grata a todos, tanto que os médicos disseram: “que sentimentos nobres tem esta Irmã”. Aceitou com serenidade e paz a sua doença.

Na véspera de sua morte dizia: “ouçam, estão me chamando”. Ir.Iracy que teve a felicidade de entregar sua vida ao Coração de Jesus, desde sua tenra idade, o fez com grande amor, alegria, desprendimento e generosidade. Era uma verdadeira Apóstola missionária. Seus sofrimentos e enfermidade a purificaram e a tornaram bela e agradável ao Coração de Jesus que a chamou a si nos belos anos de sua juventude. Deixou um rastro de luz para todas nós, suas coirmãs, com o recado de que, para o Senhor o que conta não são longos anos, mas a intensidade de amor com que vivemos cada instante de nossa Vida Consagrada. Ela, a Apóstola fiel ao Coração de Jesus, viveu o ideal de Madre Clélia e agora junto a Ela intercederá pela Vice-Província a quem tanto amava e se dedicava com as demais apóstolas entoará, para sempre, o cântico novo das Virgens fieis (pronunciamento de 14/10/1987).

Depoimentos

 

Comunidade de Nova Esperança - Ir. Iracy era muito alegre, jovial, de grande espírito missionário e de sacrifício, serviçal; sofreu muito com a família além de sofrer em sua doença. Pediu desculpas para as enfermeiras e médicos pelas suas impaciências durante a doença ( pronunciamento de 1987).

 

Ir. Maria de Lourdes Castanha - Eu a conheci no noviciado quando entrei como postulante. Lembro-me que cultivava um sorriso franco. Costumava dialogar muito com a mestra, procurando com sinceridade e esforço pessoal obedecer sempre. Sabia ser humilde e trabalhava sobre seus ímpetos, pois apresentava um gênio mais ou menos difícil; muitas vezes ela fazia suas acusações publicamente no meio da capela, onde com simplicidade pedia orações. Era ágil nos afazeres e não gostava de ficar parada. Valorizava o seu tempo, Durante o dia estudava e rezava bastante.

 

Depoente não identificada - Parece-me ver esta jovem, quando noviça, rezando com fervor o Salmo 14: “quem será recebido, Senhor em vossa casa; em vossa montanha santa, quem habitará? Aquele que na perfeição caminha e pratica a justiça, que diz a verdade segundo o seu coração; que põe um freio em sua língua e não faz mal ao seu irmão, nem insulta o seu próximo”. Sua vida correu na simplicidade, se resumiu num grande SIM, que foi dando ao Coração de Jesus e a Maria em toda a sua vida, tão curta, mas tão plena. Era uma jovem serena e alegre, dócil, autêntica, disponível. Como Apóstola viveu o Carisma deixado por Madre Clélia, expressando-o de muitos

modos. Gostaria de ressaltar apenas uma das expressões bastante concreta em sua vida: sua piedade Mariana. A devoção que Ir. Iracy tinha por Nossa Senhora, era tão profunda, tão terna, tão forte... tendo perdido sua mãe a quem amava tanto, apegou-se e deu-se intensamente a Maria, e fiel ao seu propósito, não deixava escapar ocasião para demonstrar-lhe o seu amor filial. Vivia dela e por Ela, e sem dúvida, posso afirmar que procurava caminhar sempre em sua presença! O amor e a devoção a Virgem se faziam sempre mais profundos e mais conscientes. Sua intimidade com Maria era mais intensa afetuosa e terna, sobretudo no mês de maio a ela dedicado e nos dias festivos, para os quais se preparava com fervor. Esta jovem missionária, muitas vezes abatida pelo sofrimento, mostrou com seu testemunho de vida ser capaz de suscitar fé e coragem, ajudando as pessoas a encontrarem forças no amor e na oração.

 

Obs.- Embora a Ir. Iracy Gazotto não tenha falecido no Brasil, ela consta aqui porque foi a primeira brasileira missionária que morreu fora do Brasil.

 

 

 

 

 

Nº do Registro Geral: 0532

Nome Religioso: IR. GABRIELA NODARI

Nome civil: Erminia

Local e data de nascimento: Colombo/PR – 18/03/1902

Filiação: Domenico Nodati e Giovanna Bertolin

Local e data do Postulado: Curitiba/PR – 13/06/1917

Local e data do Noviciado: Curitiba/PR – 15/02/1919

Local e data da 1ª. Profissão: Curitiba/PR – 16/12/1920

Local e data da Profissão Perpétua: Curitiba/PR – 08/12/1926

Local e data do falecimento: Curitiba/PR – 20/10/1987

Observações: Faleceu com 85 anos de idade e 67 de Profissão Religiosa

 

Depoimentos

 

Ir. Brígida Campos Cunha - Tive a oportunidade de conviver com Ir. Gabriela, durante os anos de 1960 a 1964, no Colégio Sagrado Coração de Jesus em Curitiba. Nesse período ela preparava as alunas para os exames de admissão ao Ginásio. Apesar de sua idade avançada, ainda atuava com empenho na sua missão educativa. Na Comunidade, empenhava-se na observância religiosa, muito amiga das Irmãs, alegre e comunicativa”.

 

Comunidade Betânia - Ir. Gabriela cuidava da Capela, lecionava francês, era muito exigente  e gostava da ordem.

 

Comunidade de Águas da Prata - Ir. Gabriela Cuidava da Capela onde revelava o seu zelo com o ambiente sagrado. Foi uma professora por demais exigente, mas o seu jeito de ser não só conquistava, mas aproveitava para realizar o apostolado com os alunos.

Quando morou no Colégio Sagrado Coração de Jesus em Curitiba,PR, gostava de contar fatos da Igreja para suscitar o amor à mãe Igreja no coração das iniciantes à vida religiosa.

 

Ir. Leônia Cavassin - Conheci a Ir. Gabriela quando era juvenista. Era sacristã e eu ajudava a fazer limpeza na capela. Sua ordem era para eu tirar o pó dos bancos de duas a três vezes. Muito exigente, nunca considerava bom o serviço, era perfeccionista. Fazia tricô e crochê, apreciados por todos.

 

 Ir. Irene Cavassin - Apóstola simples, séria, mas de coração generoso. Sentia-se feliz ao agraciar alguém. Louvava o Senhor através das flores, plantinhas ornamentais que com amor cultivava. Exerceu também a função de docente na área de História Geral e do Brasil. Fui sua aluna na segunda série Ginasial, no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Curitiba,PR. Confesso que aprendi. O que muito me marcou em suas aulas foi o zelo pelo Coração de Jesus. Não tinha respeito humano e divulgava a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tinha um carinho especial pelas Irmãs jovens. Dizia: “Tutto per Gesù”. Tricotava e fazia crochê muito bem. Cada pontinho que dava era um ato de amor a Jesus. Rezava muito pela conversão dos pecadores. Tinha respeito e amor pelos superiores. Ir. Gabriela deixou exemplo de abandono, tanto que quando morreu estava sozinha. Nenhuma Apóstola lá se encontrava. De morte repentina, enquanto descansava após o almoço, o Coração de Jesus a levou para junto de si, também “só” numa oferenda completa de uma missão cumprida. Ela entrou no Coração de Jesus, e neste Coração permanecerá eternamente. A ela homenagem e gratidão (pronunciamento de 12/1994).

 

Depoente não identificada - Sabemos pelas nossas Constituições, art. 115, que cada Apóstola deve cultivar e aumentar em si a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, não só para alcançar a própria santificação, mas também para tornar mais eficiente seu apostolado. Ir. Gabriela foi uma das Apóstolas que deixou transparecer em sua vida como expressão do nosso Carisma este zelo e dedicação incansável pela glória do Sagrado Coração de Jesus. Entre as alunas e professores era assídua e fiel, promovendo a inscrição no Apostolado da Oração, difusão do Mensageiro do Coração de Jesus, incentivando a freqüência a Comunhão reparadora, em honra ao S. Coração de Jesus na 1ª sexta-feira, como também a oração diária do Oferecimento do dia. Esta foi uma forte característica sua. Sempre admirei também nela, sua preocupação em preparar-se bem e com responsabilidade para dar suas aulas; amava muito suas alunas; foi muito exigente e soube usar bem a

inteligência que Deus lhe deu. De temperamento muito forte, procurava se dominar, fazia muita violência para não explodir, e procurava imitar Jesus manso e humilde; reconhecia suas fraquezas e diante delas se humilhava para corrigir-se Na oração e exercício das virtudes, como boa Apóstola, procurava o domínio de si, com seu testemunho de fidelidade nas pequenas coisas, na simplicidade de vida e na caridade. Após uma falta, tudo ficava bem de novo. Muito habilidosa colocou a serviço seus dons artísticos, e bastante sensível amava a natureza, as flores, os pássaros, servindo-lhe para elevação de seu espírito.

 

Ir. Rosalina Conte - Ir. Gabriela foi uma pessoa de oração, amava seu ofício, era zelosa para as coisas do Deus, tinha respeito para com os Superiores, era muito pontual nos atos comuns e tinha muito amor a Congregação.

 

Irmã Zélia Cavassin - Irmã de temperamento forte, porém se reconhecia e se humilhava, tinha grande amor pelo Instituto e era observante das Constituições. Rezava bastante e era carinhosa, tinha grande devoção ao S. Coração de Jesus e também a Jesus no Ssmo. Sacramento do altar.  

 

Irmã Josefa Gonella - Eximia professora e dotada de

uma grande inteligência, dedicou seus anos de vida à Educação: professora dedicada, exigente, boa e acolhedora. Ensinava o saber com as palavras e o amor com seu testemunho de vida.

Em 1921, foi professora em Umbará, Curitiba/PR.

1922 a 1948-em Cafelândia/SP

1949 a 1951-no Colégio Sagrado Coração de Jesus–Curitiba/PR

1951-na Escola Imaculada Conceição-Santa Felicidade,Curitiba/PR

1952 a 1967- no Colégio Sagrado Coração de Jesus–Curitiba/PR

1967 a 1969-na Casa São José-Curitiba/PR, exerceu seu trabalho como Superiora da casa.

 

Em 1970 na Escola Imaculada Conceição, Santa Felicidade-Curitiba/PR, dedicou-se ao cultivo das flores e das folhagens e aos trabalhos manuais.

1962 a 1987, na Casa São José, Santa Felicidade, Curitiba/PR, dedicou sua vida à oração, à meditação, aos trabalhos mais humildes da casa, aos trabalhos manuais: tricô, crochê, era muito habilidosa. Há tempo vinha sofrendo distúrbios circulatórios e aneurisma.

 

No dia 20 de outubro, às 16horas, na Casa São José, Curitiba, entregou sua linda alma a Deus, morrendo a idade de 85 anos e com 67 anos de Vida Religiosa. O Coração de Jesus colheu-a no mais profundo silêncio, na paz e na oração. Faleceu em seu quarto, de colapso cardíaco. Quem a assistiu foram os anjos e toda a corte celeste. Ninguém a viu morrer. Não quis perturbar suas queridas coirmãs nem para morrer. Fechou os olhos para esta vida. Abriu-os para a eternidade, onde contempla a glória e o esplendor de Deus, recebendo do Coração de Jesus a coroa e o prêmio da vitória reservada aos que O seguem na fidelidade.

 

Dotada de grandes qualidades, dons naturais e da graça, foi sempre muito serviçal, generosa, caridosa, piedosa; zelo ardente na salvação das almas. Testemunhou em sua vida o amor, a doação, a alegria; amante do sacrifício e das pequeninas coisas feitas com amor; comunicativa, alegre, social; nas suas amizades, em seus diálogos, trazia todos para mais perto de Jesus e de Maria; sensível ao belo, à natureza, tinha um carinho especial às aves e ás flores. Sua vida foi revestida de simplicidade, bondade, dedicação. Testemunhou fé em seus atos e palavras. Reconhecia ter um gênio forte e explosivo, porém sempre lutou para se purificar e imitar o Coração de Jesus, manso e humilde.

 

Rezava diariamente pela Pátria e para que Deus dirigisse os governantes. Escolheu fazer somente a Vontade de Deus. Foi resignada nos sofrimentos e contratempos da doença. Com nossas orações de regra e, sobretudo com a Santa Missa, roguemos ao Senhor que a acolha no Paraíso, recompensando-a pelo seu testemunho de coerência e fidelidade à vida religiosa. Sua vida exemplar e de intimidade com o Senhor, nos reanime e nos renove para buscarmos somente o que agrada o Coração de Jesus. Maria, a Mãe que ela tanto amou a acolha na glória (pronunciamento de 21/10/1987).

 

 Irmã Neuza Maria Ferreira – Ela foi professora no colégio Sagrado coração de Jesus, em Curitiba. Era conhecida como boa professora em conteúdo  e didática.. Seus alunos para passar, tinham que saber. Era enérgica consigo e com os alunos, em relação ao estudo. Na comunidade era responsável pela limpeza da capela, cantina e folhagens. Seus últimos anos passou na Casa São José. Dedicava-se a fazer tricô e crochê por sinal muito bem feitos e bonitos. Irmã Gabriela gostava de sair no bairro para comprar enfeites para seus trabalhos e vendê- los. Ela era determinada no que queria e fazia. Tinha muitos amigos, principalmente as senhoras que freqüentavam a Casa São José. Além dos trabalhos manuais, dedicava-se à vida de oração. Rezava muito! Todos os dias fazia a Via-Sacra. Certamente morreu rezando.

 

Ir. Zélia Cavassin - Ir. Gabriela era de estatura média, robusta, olhos castanhos, semblante fechado, porte digno. Temperamento sangüíneo, trabalhado. Era um tanto rude. Professora, cumpridora de seus deveres, mas um pouco comodista. Porém muito exigente com seus alunos. Tinha espírito de oração e inculcava a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nutria um grande amor ao Instituto e aos superiores. Na doença oferecia seus sofrimentos a Jesus com paciência, mas dizia: “meu Deus, até quando ...”?

 

Comunidade de Nova Esperança - Ir. Gabriela, a grande amiga da natureza: amava as flores, os passarinhos, as folhagens; amiga da ordem e da limpeza; caridosa, ensinava as aspirantes no estudo e trabalhos da casa. Era de média estatura, robusta, clara, corada; era exímia professora de História. Caráter forte, explosivo, decidido, mas humilde para reconhecer e pedir desculpas; era séria e cumpridora do dever (pronunciamento de 1987).

 

Comunidade de Laguna - Ir. Gabriela era de temperamento forte exigente com ela mesma e com os que trabalhavam com ela. Ótima professora de História; era responsável pela limpeza da capela e de

tudo o que referia ao Altar. Tinha grande amor às vocacionadas; gostava de rezar e cultivava o amor e o respeito na Igreja, não admitia conversa na capela. Dizia que diante do Santíssimo, não se conversa. Procurava viver sua vida de consagrada, amando o Instituto, procurava viver intensamente o Carisma, como filha de Madre Clélia.

 

Regina Maria de Lima Kenappe - O presente depoimento é uma tentativa de transmitir um pouco sobre uma religiosa, uma grande Apóstola do Sagrado Coração de Jesus: Irmã Gabriela Nodari. Sou ex-aluna do Colégio Sagrado Coração de Jesus de Curitiba. Ingressei neste Colégio em 1958, na segunda série primária, onde realizei todos os meus estudos até 1966, quando me formei no curso Normal. Irmã Gabriela foi minha professora de História durante a 1ª e 2ª séries do curso Ginasial, nos anos de 1960 a 61, respectivamente. Dedicada inteiramente a Deus, à devoção ao Sagrado Coração de Jesus e à formação e instrução de jovens e crianças; foi um modelo de vida a ser seguido. Por suas mãos passaram gerações. Generosa, bondosa, justa, possuía uma personalidade marcante por sua força e capacidade em conduzir suas aulas com disciplina e respeito mútuo. Com esta energia e exigência mesclada a um grande amor por suas alunas, Ir. Gabriela contribuiu na minha educação e formação de mãe e mestra. Nas suas aulas fazia um verdadeiro apostolado. Englobava em sua disciplina ensinamento que nos conduzia ao verdadeiro caminho de Cristo, sem esquecer que tinha em suas mãos personalidades em desenvolvimento. Semeava em nossos corações a semente da verdadeira  Fé em Deus, que mais tarde ajudou-me a educar minhas filhas. Possuía um grande amor ao Sagrado Coração de Jesus e desejava fazê-Lo amado por todas as suas alunas. Levava a obra de Madre Clélia Merloni com dinamismo e todos os anos organizava a entrega de fitas do Apostolado da Oração às alunas e preparava com muito carinho a grande festa anual do Sagrado Coração de Jesus, quando íamos com nosso uniforme de gala participar da grande Missa. Não poderia deixar de citar um fato pitoresco que acontecia em algumas de suas aulas que para nós era especial. Não era possível a Ir. Gabriela iniciar sua aula sem antes mostrar os lindos quadrinhos, medalhas, santinhos, terço e revistas católicas que ela trazia, por nós encomendados. A partir daí, ela com sua postura, conseguia iniciar a aula tranquilamente. Tenho muito claro em minha mente, a presença de Ir. Gabriela no portão do Colégio, demonstrando neste gesto de acolhida e despedida, o zelo e a responsabilidade de proteger suas alunas como se fossem suas filhas. Ir. Gabriela Nodari, esta grande Apóstola e educadora, jamais será esquecida por seus alunos, pois foi um exemplo de amor e plena dedicação à formação e educação dos jovens e crianças. Fez de sua vida uma missão e tinha uma meta clara a de tornar o Coração de Jesus amado por todos (pronunciamento de 10/4/1993).

 

Daisi L. Grossmann Ziger - Ir. Gabriela Nadari, um nome que certamente em pessoas de minha geração ou de anteriores, irá despertar as mais variadas lembranças, pois foi, a meu ver, alguém que despertou em quem a conheceu e com ela conviveu as mais variadas opiniões. Havia quem a achasse muito brava, enérgica, exigente. Outras enxergavam-na por outro prisma, bem diverso, o da bondade e o da doçura. Eu, pessoalmente conheci a querida Ir. Gabriela, aos seis anos aproximadamente e confesso que cheguei perto dela pela primeira vez, muito temerosa. Ela foi professora de minha mãe e quando fui matriculada no Colégio Sagrado Coração de Jesus, já fui prevenida: “Se não se comportar, não for boa aluna, irá de castigo com a Ir. Gabriela, a mais brava de todo Colégio.” Lembro como se fosse hoje, eu tratava de passar bem longe dela e sem olhar para os lados. Nosso contato maior e mais de perto, foi já no ano seguinte, quando entrei para a 1ª série e comecei a ser preparada para a Primeira Comunhão, justamente pela temida Ir. Gabriela. Foi aí que comecei a conhecê-la e aprender a gostar dela. Lembro-me claramente de seus ensinamentos na Catequese e de sua extrema dedicação a esse trabalho. Ensinava e ensaiava com afinco cada detalhe para aquele que seria o nosso “grande dia”. Era ela quem cuidava e organizava tudo, até a escolha dos anjos que acompanhariam as crianças que fariam sua Primeira Comunhão; eu fui anjo varias vezes. As lembranças que tenho a partir daí, são as de uma pessoa maravilhosa, doce, meiga e muito “mãe” de suas alunas; ela era a mãe que sabia a hora certa de usar de severidade e energia e em seguida passar a mão na cabeça e com um largo sorriso, como que a se desculpar, retomar a confiança e a amizade quase partida, depois de um “pito” bem merecido como ela costumava dizer. Até castigos mais severos ela usava, como: deixar sem recreio, escrever 100 vezes uma frase educativa, estudar em pé num canto da sala, etc. Mas depois tudo voltava às boas. Fiquei sem mãe aos nove anos, no final da 3ª série, e aí ela me adotou de verdade, preocupando-se com cada detalhe do meu aprendizado e da minha educação. Fui sua aluna na 5ª série do Curso Primário, depois a tive como professora de História no antigo Ginásio, nos anos seguintes na 3ª e 4ª séries; ela também nossa exigente de classe, isto é, tomava conta de nossa turma no que se referia à disciplina e o andamento do aprendizado. Durante os três anos do Curso Normal, não fomos mais suas alunas, mas ela esteve sempre presente, ora incentivando, ora elogiando ou até mesmo criticando, quando nece

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