Iniciou sua missão na Itália, trabalhando no Jardim da Infância, em Ortizei; a seguir, foi para o Hospital de Valdrota,Trieste. No Brasil, sua primeira missão foi na Santa Casa de Ribeirão Preto,SP, passando depois para diversos hospitais, dedicando-se à Enfermagem.

Irmã Marina foi sempre uma boa religiosa, muito dedicada aos doentes, a quem servia com amor e atenção. Grande era seu espírito de sacrifício, não reservando para si, senão o trabalho e o cuidado constante das pessoas que lhe estavam próximas. Dizia ter conhecido pessoalmente Madre Marcelina Viganò, impressionado-se com sua bondade.

Amava sua Pátria e sentia saudade. Lá deixou a família e a irmã Religiosa, Irmã Rosana, também Apóstola do Coração de Jesus. Deixou tudo e todos e seguiu o chamado do Senhor para as missões, no Brasil. De 1984 até o momento de sua morte, esteve na Betânia, doando-se às Irmãs mais necessitadas, pois, apesar de sua saúde debilitada, prestava serviços na portaria. Sofria muito, devido a uma artrose que a impedia de locomover-se; porém, tudo era oferecido pelas intenções do Santo Padre, da Santa Igreja, do Instituto e de cada pessoa necessitada.

O Coração de Jesus, que não se deixa vencer em generosidade, quis chamá-la, no mês a Ele consagrado, para dar-lhe a merecida recompensa, por uma vida toda dedicada ao seu amor e serviço. Faleceu em Marília, em 6/6/1988.

Depoimentos

Depoente não identificada - Quando morou na Santa Casa de Araraquara, sofreu muito com o senhor provedor, mas sofria calada; Irmã muito humilde, boa, embora fosse de caráter forte. Quando operada de estômago, que sofria de câncer aceitou a situação com resignação. Morou também no Hospital Matarazzo prestando assistência no centro cirúrgico, lugar  que requer  atenção constante por causa dos procedimentos que aí se realizam.

Ir. Antonia Pagani - Trabalhou por muito tempo em hospital, muito boa, responsável, amante do dever, enérgica, de oração, e por causa de problemas nas pernas andava de muletas. Desejava morrer na Itália, mas foi encontrada morta em sua cama.

Ir. Anacleta Bis - Morou em Lins, na Santa Casa e aí trabalhava no centro cirúrgico; Irmã boa, silenciosa, observante, caridosa. Esteve também em missão na Santa Casa de Poços de Caldas.

Ir. Nadir Damião - Ir. Marina foi minha primeira Superiora na Santa Casa de São João da Boa Vista. Foi uma ‘mãezona’ para mim. Testemunho de fé, generosidade, oração e simplicidade. Ensinou-me o trabalho na enfermagem, pegava em minhas mãos para me ensinar aplicar injeção. Estava sempre atenta com as necessidades das Irmãs e dos pacientes. Senti nela uma grande missionária, desapegada, confiante e forte. Ficou triste quando eu, sua aluna, foi transferida, mas ela me incentivou a fazer Enfermagem.