IR. ILDEGARDA ROCHA
12/06/1912 + 12/07/1997Biografia
Ir. Hildegarda exerceu suas atividades, como professora de piano e canto, nos seguintes Colégios no Estado de São Paulo: Sagrado Coração de Jesus, São Paulo; Sagrado coração de Jesus, em Cafelândia; Sagrado Coração de Jesus, em Marília; Sagrado Coração de Jesus, em Birigui; São José, em Bauru, Nossa Senhora Aparecida, em Araçatuba PR e Diocesano, em Itumbiara,GO. Em 1974, foi transferida para a Betânia, para tratamento de Saúde, e, no ano seguinte, retomou suas atividades, no Colégio Madre Clélia, em Adamantina,SP. Em 1976, necessitando de melhor assistência médica, voltou para a Betânia e aí permaneceu até sua passagem para a eternidade. Ir. Hildegarda era uma Apóstola que levava a sério sua vida Religiosa. De caráter enérgico, exigia de suas alunas muito empenho nos estudos de piano, muito exercício e ensaios no canto orfeônico. Pessoa educada, percebia as necessidades das Irmãs e, na medida do possível, procurava atender a todas. Com o passar dos anos sofreu várias perturbações de saúde, principalmente a perda da visão. Silenciosa, dedicava-se à oração e, como devota de Nossa Senhora, desfilava as contas do rosário nos seus dedos longos e finos, passando, também, nos quartos das Irmãs e com elas, rezava o terço. Não era de muitas palavras. Um dia, ao ser interrogada do “porquê” do seu silêncio, respondeu: “Quanto mais se fala, mais se erra”. No silêncio, ouvia os acordes do piano, numa eterna melodia, e, no céu, estará louvando a Deus com a Música e o Canto. Ir. Hildegarda deixou-nos o exemplo de que a música tem um nome, tem um sentimento e vibra, num crescente acorde de notas, que se afinam na medida em que Deus vai tomando lugar em nossa vida.
Depoimento
Ir. Brígida Campos Cunha - Quando, em 1972, cursava a 5ª Série, no Colégio Nossa Senhora Aparecida, em Araçatuba, tive oportunidade de ter aulas de Música com Ir. Hildegarda. Entusiasta, amante da música, transmitia com alegria e grande energia suas informações. Com ela não se perdia tempo. Com paciência, seriedade e grande ritmo, fazia-nos acompanhar os mínimos detalhes da matéria e, mesmo as que tinham dificuldades, conseguiam sair-se bem.
O que mais admirava era seu amor pelo Instituto. Depois de muitos anos, ao encontrá-la na Betânia, senti muito pesar ao vê-la com pouca memória e sem coordenação para aquilo que foi a alma de toda a sua vida.