Nissei, neta de avós e pais católicos praticantes, religião pratica e seguida pelos filhos, netos, bisnetos. A família é um forte testemunho de fé e de união na Igreja Católica.

Não gostava de permanecer por muito tempo na mesma casa e sempre lembrava a Madre Provincial de não esquecê-la. Passou por várias comunidades, sempre com aquela presença amiga: Cafelândia,SP, Araçatuba,SP, Nova Esperança,PR, Curitiba,PR, Adamantina,SP, Birigui,SP, Pinhal,SP, Marília,SP, São Paulo,SP, Itumbiara,GO, Lar Universitário e Colégio São José, Bauru,SP e Brasília,DF.

De 1990 a 1991, fez o curso de Espiritualidade no Teresianum, em Roma. Muito disponível, especialmente na época em que as escolas passavam por sérias dificuldades. Torcia muito pelo sucesso das coirmãs.

Em seus escritos, notamos o quanto desejava ter o “Deus só” de Madre Clélia; reconhecia sua indignidade e fraqueza, na busca da santidade que tanto almejava, mas não perdia a confiança em Deus que a protegia. Transcrevemos trecho de um dos depoimentos: “Com grande confiança espero que eu saiba corresponder a tantas provas de amor, que eu agrade a Deus em todas as minhas ações, cumprindo, do melhor modo possível, com reta intenção, sua santa vontade, não só nas calmarias, mas, sobretudo, quando reina a tempestade. Que eu veja sempre o coração, o olhar de Jesus a levantar-me e fortificar-me. Estas são as minhas aspirações, que desejo manter até a morte”.

Em outros depoimentos, ressalta sempre o desejo de ser fiel até à morte e pede orações para alcançar a perseverança. Ultimamente, estava fazendo sério tratamento de saúde e, embora, sem muito êxito, sua persistência era admirável. Queria voltar a andar naturalmente para passar o restante de sua vida auxiliando as coirmãs nas tarefas diárias.

De natureza alegre, afetuosa, espontânea e muito sincera nas relações de amizade, Ir. Izabel granjeava a simpatia de todos com suas brincadeiras e vontade firme para ultrapassar qualquer barreira; porém, há alguns anos, acometida por uma anemia profunda e sem defesa orgânica, foi somatizando os problemas de saúde, encerrando assim sua missão na terra.

Em 1997, foi transferida para São Paulo,SP, auxiliando na disciplina do Colégio, mas a saúde foi se agravando, motivo que a levou a afastar-se do trabalho. Passou um período na Betânia e pediu para voltar à sua comunidade. Parecia estar melhor, embora em condições bastante delicadas. Passou aos cuidados dos médicos do Hospital São Camilo, e, nos últimos 10 dias, foi hospitalizada, vindo a falecer na UTI. Após a missa de Corpo Presente, foi sepultada no Cemitério do Santíssimo Sacramento.

Seu momento chegou talvez antes do que esperava; e sua vida foi para nós uma lição: É importante estarmos preparadas porque não sabemos nem o dia nem a hora em que o Senhor nos visitará. Ir. Izabel contava 63 anos de idade e 41 de vida religiosa.