IR. SANTINA TROVÓ

IR. SANTINA TROVÓ

30/08/1935 + 30/03/2007 -------------------------

Biografia

ITINERÁRIO

 

ANO    COMUNIDADE                             CIDADE   

1958   Santa Casa de Misericórdia              Araraquara

1963   Santa Casa de Misericórdia              Marília

1967   Santa Casa de Misericórdia              Lins

1975   Santa Casa de Misericórdia              Cafelândia

1977   Hospital Matarazzo                           São Paulo

1978   Santa Casa de Misericórdia              Marília

1979   Missão S. Coração de Jesus             Bragança/PA

1998  Comunidade Maria de Nazaré          Belém/PA

2001  Comunidade Rosa Mística                Águas da Prata

2003  Santa Casa e Santuário                     Aparecida

2005  Comunidade Rosa Mística               Águas da Prata

19.12.2005  a 30.3.2007 – Betânia             Marília

 

Irmã Santina Trovó iniciou sua vida religiosa trabalhando na área da saúde. Dedicou 22 anos de sua vida a atividade missionária em Bragança e Belém, Pará, onde se destacou pela simplicidade, grande doação e amor pelo povo simples. Desempenhou por muitos anos a função de assistente social no Posto Médico, onde era muito querida e respeitada. Também foi pioneira no trabalho com o idoso na cidade de Bragança, PA. Fundou o Centro de Convivência para o idoso, onde recolhia os anciãos desamparados. Com eles fez um belo trabalho para reintegrá-los à convivência social, proporcionando passeios, festas, etc.  O povo paraense sentiu muito o retorno de Irmã Santina para São Paulo, mas a sua saúde não permitiu que ela continuasse neste tipo de atividade. No dia de sua morte, a Radio Educadora de Bragança-FM, anunciou a sua morte e enalteceu os feitos realizados por ela na área da assistência social daquela cidade. Irmã Santina foi sempre uma religiosa muito simples e de grande espírito de sacrifício e pobreza. Soube viver a pobreza junto aos mais pobres, ajudando-os a resgatar a dignidade de filhos de Deus, na alegria e na doação.

 

Rezemos pelo seu descanso eterno e peçamos a ela que interceda ao Coração de Jesus por nós Apóstolas, para que tenhamos a coragem e a ousadia de avançar em “águas mais profundas”, naquilo que é inerente ao nosso Carisma.ou seja, na dimensão missionária.

 

Ir. Ofélia de Carvalho - Ir. Santina Trovó, eu a conhecí em Cafelândia no tempo de juvenista, na década de 50 e recordo-me dela assim: uma jovenzinha muito simples, mas de temperamento firme, porém brando, delicado, alegre, social e comunicativo. Transmitia serenidade e bondade para todos. Era uma pessoa sem arrogância, humilde e cortês. Também muito esforçada nos estudos e tarefas, disposta ao sacrifício. Aceitava correções e era piedosa. Ela gostava de música, cantava e depois acabou aprendendo a tocar piano e Harmônio. Eu fui antes dela ao Postulado em São Paulo e com isso meu contato com ela só re- iniciou em 1979 quando eu estava na Missão do Norte, em Bragança - Pará e ela foi trabalhar conosco na nossa comunidade. Aí ela foi sempre um forte testemunho de amor, fervor espiritual e fraternal companhia na nossa comunidade de Irmãs e com o povo. Dedicada aos doentes ela trabalhava no Posto de Saúde, contratada pela Prefeitura. Desenvolveu um projeto solidário de ajuda aos idosos contando com o apoio e colaboração do povo para poder oferecer a sopa aos idosos carentes da cidade de Bragança.

 

 Os idosos e o povo bragantino em geral, médicos e outros profissionais da saúde tinham grande estima por ela e muito a admiravam. Irmã Santina era sempre voltada às necessidades alheias e nunca rechaçava ningúem, mas sabia acolher. Eu pessoalmente devo muito a ela, pois era uma Apóstola de caridade prática. No dia-a-dia ajudava nos trabalhos da casa, no bem-estar das coirmãs e era um testemunho de boa amizade, ponto de união, compreensão e paz. Se alguma de nós estivesse doente, ela sabia oferecer seus dons, servindo no que fosse necessário, e sempre delicadamente.

 

 Além das horas de trabalho no Posto de Saúde da Cidade, ela encotrava tempo para visitar as famílias e doentes nos hospitais, e colaborar na Liturgia da Paróquia, inclusive tocando nas Missas. Também colaborava com as programações de missão nos lugares do Interior. Era de fato uma Apóstola do Sagrado Coração de Jesus. Pregadora pelo testemunho de vida e pela PALAVRA de Deus. Ela atraía as crianças porque era muito simples e acolhedora. Quando ela precisou deixar a Missão por motivos de saúde e retornar a S Paulo eu fiquei sabendo que o povo lamentou muito esse fato. E depois agravando sua doença o povo rezou muito por ela, ainda com esperança dela melhorar e voltar para Bragança.

 

 Mas, Deus a quis com ELE no céu. Foi uma grande dor a sua separação e todos nós Irmãs e povo de Bragança e do Pará que a conhecemos choramos muito e vamos sempre recordar-nos de suas lindas virtudes, de sua sincera amizade e tê-la como intercessora lá no céu e exemplo de fidelidade e amor ao Sagrado Coração de Jesus.