Ir. Hortência Corbella dedicou seu trabalho na assistência aos doentes desde 1914, na Santa Casa de Casa Branca. Por pouco tempo teve o privilégio de assistir aos doentes, dando-lhes o conforto e a dedicação necessários para o seu restabelecimento, pois contraiu tuberculose; ela conhecia a gravidade da doença. Seu coração delicado, pensando em suas coirmãs que poderiam ser contaminadas, pediu à Superiora Ir. Lina para ser transferida para Mococa, onde havia um isolamento onde poderia permanecer distante do convívio com as Irmãs.

No início de junho de 1921, Ir. Lina atendeu ao seu pedido e transferiu-a para Mococa. Nem por isso a Irmã ficou afastada de suas coirmãs que com frequência, estavam em sua companhia. Ir. Hortência, mesmo em meio a drástica situação, conservou um bonito sorriso nos lábios e conformada resignação. Ainda jovem, Ir. Hortência soube aproveitar do sofrimento para fazer o bem, oferecendo tudo ao Senhor da Vida. Sentia uma fraqueza geral tomar conta de seu corpo e já não tinha mais o vigor da juventude. Em meio a essa situação pesarosa para ela e para todos, Ir. Lina sua Superiora, sempre a viu sorridente e recrear-se com a Comunidade que muito amava, sentindo não poder estar com a Comunidade nos atos comunitários.

Passou a tarde do dia 26 de junho sem nunca imaginar que estaria prestes ao seu fim aqui na terra. Na manhã seguinte, de fato, suas tênues forças não permitiram que se levantasse; estava esgotada; recebeu a Sagrada Comunhão no leito. Essa Comunhão foi para ela o santo Viático que a acompanhou para a eternidade.

Ir. Hortência não sentia dor, mas extrema fraqueza, por isso sugeriu a Ir. Eufrásia Bottini, que lhe prestava cuidados, que fosse atender as suas ocupações. Ir. Eufrásia não cedeu ao seu pedido e permaneceu junto dela. Às 12h aproximadamente, momento da refeição, Ir. Eufrásia chamou rapidamente a Superiora e as Irmãs para assistirem aos últimos momentos de Ir. Hortência. Até o último instante a Irmã permaneceu calma, conformada e se achava pronta para entrar na Casa do Pai e celebrar as núpcias eternas com Jesus, que tanto amou na terra, após vinte dias hospitalizada. Ela já estava madura para o céu. Enquanto celebrava suas bodas com o celeste Esposo, seu corpo recebia as honras fúnebres.

A área do terreno para a sepultura da Irmã foi doada pelo Pároco Mons. Felice Brandi. Os médicos providenciaram os funerais e todos acompanharam seu corpo com profunda comoção. As Irmãs rogaram a Ir. Hortência para que obtivesse as bênçãos divinas sobre a Santa Casa de Mococa.