IR. APARECIDA ALVARES DA SILVA    -     IR. MARIA DE LOURDES

IR. APARECIDA ALVARES DA SILVA - IR. MARIA DE LOURDES

31/03/1919 + 20/05/1990 -------------------------

Biografia

 

Depoimentos

 

Ir. Maria Elvira Milani - [...] Sua atividade apostólica de 1938 a 39-Colégio de Marília, SP ano prático do noviciado e auxiliar de ensino primário; 1940-45 Colégio São José-Bauru,SP; professora primária;1945-49 Colégio de Araçatuba,SP- Secretária e Professora Primária; 1950-53- Colégio de Cafelândia,SP, Secretária e Professora Primária; 1954-67- Secretária; 1968-71- Colégio de Itumbiara,GO- Superiora e Diretora da Escola; 1972-76- Escola Madre Clélia, Curitiba,PR , Superiora e diretora da Escola; 1977-Colégio de Brasília,DF-Secretária e Coordenadora da Catequese Paroquial; 1978-82- Colégio do Espírito Santo do Pinhal,SP-Secretária; 1983-84, Hospital de Campos do Jordão em tratamento de saúde; 1985-90- Santa Casa de Marília, Secretária da Escola de Auxiliar de Enfermagem. No dia 29 de janeiro de 1990 celebrou o seu Jubileu de Ouro de consagração religiosa e deixou-nos esta mensagem:”Como retribuir ao Senhor por todos os benefícios que me fez? Tomarei o Cálice da Salvação e invocarei o nome do Senhor.” Irmãs, convido a todas se unirem à minha pobre pessoa e abrir alma e coração para entoar hinos de louvor e gratidão, emprestando as palavras de Maria: “ O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é seu nome”. Com as bênçãos e proteção de Maria. A Virgem Imaculada e Aparecida, é que continuarei até a meta final, pois a graça da perseverança na vocação e a perseverança final, são graças que dependem de muita oração. “Peçamo-la insistentemente a Deus”. Agradeceu a todas as pessoas presentes à Celebração Eucarística. Ao Pe. Fernando Canomanuel que celebrou esta Santa Missa disse: “Obrigado pelo seu testemunho e por ser outro Cristo na terra e pela Palavra de Deus que nos transmite”. Este mesmo sacerdote na homilia das exéquias disse que Ir. Maria Aparecida pedia a direção espiritual, mas era ele o beneficiado, pois ela lhe transmitia muita serenidade e o encorajava na sua missão de sacerdote. Ela sempre foi uma religiosa autêntica, uma catequista incansável. Durante sua enfermidade revelou o que fora durante toda sua vida: paciente, caridosa, educada, de uma delicadeza extrema. Nos últimos dias quando a dor era aguda, cantava: “Quando Jesus passar, quero estar no meu lugar. Jesus venha me buscar, eu creio em você.  “Já não agüento mais.” Voltando-se para a coirmã que a assistia disse: “A passagem é dura...para se chegar ao céu é muito duro, mas confio n’Ele. Rezem para eu tenha uma santa morte, o resto não é importante”. Ir. Maria Aparecida já recebeu a recompensa de sua vida toda dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Que ela nos alcance  deste mesmo Coração a graça de vivermos, nós também a nossa vocação de Apóstolas para termos, quando chegar o nosso momento, a santa morte que nos leva aos braços amorosos do Pai (Pronunciamento de 20/5/1990).

 

Ir. Lydia Moreira de Oliveira  - Conheci, rapidamente, Ir.Maria Aparecida, quando já estava doente. O que mais me marcou na sua pessoa foi não mergulhar no seu problema físico, embora bastante intenso. Conversava sobre coisas alegres, para não demonstrar aos outros o peso de sua enfermidade. O mal já era manifesto, mas seu desejo de viver, a confiança no Senhor, fazia-a superar, por amor de Deus, a cruz que carregava.

 

Ir. Leni de Lourdes Mortari - Ir. Aparecida, pequena de tamanho, mas grande de coração. Falava meio fanhoso. Morei com ela na Escola Social Madre Clélia. Na ocasião era Superiora e Diretora. Nunca fazia as coisas sozinha. Ir. Thomazia Thomazi era a quem mais confiava, não deixando de consultar às demais Irmãs. Era tímida. Amava muito a Maria e Jesus, sempre a víamos com o terço na mão. Pelo que se notava, sofria muito, principalmente a incompreensão de muitas pessoas, mas sofria calada. Tinha  grande respeito pelas pessoas, superiores, Irmãs, professores e alunos. Nunca a  vi zangar-se com os alunos. No final do ano, a Comunidade (quase toda) foi transferida de casa. As Irmãs queriam saber o porquê disso; ela simplesmente dizia: “Vejamos nisso a Vontade de Deus”. “Ele sabe o que faz”. Ela foi transferida para São Paulo e as outras Irmãs uma para cada lugar. Via em tudo isso a mão de Deus. Em 1985, pude passar um mês e meio com ela em Marília, quando fui operada. Ela visitava-me de quatro a cinco vezes ao dia. Levava flores em meu quarto para colocá-las em frente a uma imagem de Maria que ela mesma havia me emprestado. Após o almoço rezava o terço e dizia que não era  para me queixar e oferecer tudo a Jesus, pelo Instituto, pela conversão dos pecadores e principalmente pelos sacerdotes. Depois que sai do hospital fazia-me companhia longo tempo. Passávamos horas rezando. Sempre me dava livros de santos para ler. Tive, neste tempo de minha doença, momentos felizes em sua companhia. Momentos de crescimento, de fraternidade, troca de idéias e maior vivência de vida consagrada. Rogo a Deus, que a tenha bem perto de Si e que ela do céu interceda junto a Deus por nós. Ir. Aparecida tinha um grande amor à sua família aos irmãos, ao Padre Victor de Aparecida, inclusive chama-o de padrinho. Amava profundamente NOSSA SENHORA APARECIDA (Pronunciamento de 20/5/1993).

 

Ir. Domícia de Nóbrega - Seu semblante e modo de ser e agir: eram calmos, serenos, prestativos. Refletia equilíbrio, segurança, atitude jovial. Ir. Aparecida sentiu o chamado de sua vocação por intermédio do Pe. Victor Coelho de Almeida que era seu padrinho e a acompanhava desde sua infância. Foi aspirante de outra congregação, mas o Sagrado Coração de Jesus a trouxe para o nosso Instituto.  Durante muitos anos foi professora das crianças do pré e com que amor e dedicação se realizava junto aos pequenos. Como Superiora e Diretora da Escola Social Madre Clélia era um exemplo de Apóstola fervorosa, social, alegre e serviçal. Ir. Aparecida espalhava sua humildade, caridade em estar sempre a serviço do outro. Paciente nas dificuldades, na escola, na comunidade, procurava dar sempre um jeitinho para ir ao encontro de cada Irmã ajudando e auxiliando. Muito alegre e simples, procurava sempre dar alegria nos recreios, fazendo todos participarem. No caminho de seu crescimento espiritual era muito zelosa  e cada vez mais se notava sua vida mais profunda na oração, união com Deus e transmitia uma grande paz e bondade. Sua obediência era de uma transparência muito grande; via em todos os acontecimentos a vontade de Deus. Na  vida comunitária tinha muita alegria em estar com as Irmãs e animava os recreios. Na vida apostólica, procurava difundir o amor, glória e reparação ao Coração de Jesus, incentivando e fazendo a entronização nas famílias. Era muito zelosa para com as vocações e fez de tudo e deu jeito para colocar o aspirantado na Escola Social Madre Clélia. Destruiu os galinheiros e no local construiu o aspirantado. Falava e difundia a vida de Madre Clélia. Muitos leigos ainda se recordam dela e me perguntam onde está aquela irmãzinha que a gente queria tão bem e era tão boa e sempre vinha falar com a gente dando uma boa palavra. Durante o período de sua doença era edificante sua a aceitação da vontade de Deus. Exemplos que muito marcaram: alegria de servir; amor aos pobres, indo-lhe  ao seu encontro dando um boa palavra; era caridosa, não criticava ninguém e era calma.  Seus exemplos deixaram marcas boas em minha vida, era uma Apóstola fervorosa, alegre, de espírito de serviço, atenciosa para com todos,  que vinham  ao seu encontro (Pronunciamento de 2/3/1993).

 

Comunidade de Nova Esperança - Irmã Aparecida, muito alegre, esportiva, serviçal dedicada. Sofreu a doença em silêncio(Pronunciamento de 1990).

 

Depoente não identificada - Irmã muito alegre, expansiva, aberta e sempre prestativa; caridosa com todos, especialmente com os pobres. Era uma pessoa de muita oração e observante das Constituições do Instituto, dando sempre  bom exemplo às Irmãs. Demonstrava  amor ao Instituto e à pobreza.

 

Depoente não identificada - Foi na minha adolescência que conheci Ir. Aparecida, minha habilidosa professora de datilografia. Com ela trabalhei na Secretaria e ajudei a dar Catequese. Tive, portanto a felicidade de conhecê-la de perto e com ela muito aprendi. Dela me recordo muito, quando reflito no que diz Madre Clélia: “A verdadeira Apóstola é sempre igual a si mesma, constante, social, acolhe com bondade,trata com afabilidade; apresenta-se humilde, sem inferioridade; digna, sem altivez; ativa, sem ser brusca, sempre pronta a prestar serviços, a esquecer injustiças, sem fazer ninguém sofrer”. Assim era Irmã Aparecida, sempre amiga, fiel, compreensiva. Ela se destacou em muitas virtudes, especialmente no Carisma do Instituto: ensinava com muita paciência as verdades da Fé, sua atitude encantava as crianças da Cruzada Eucarística a qual ela se dedicava com tanto carinho, procurava ensinar e mostrar o encanto da vida pura para agradar a Jesus. Enfim, foi uma catequista e professora pra valer. Religiosa autêntica, muito caridosa e sempre alegre... Só pedia isto: ser um reflexo de uma vida no CORAÇÃO DE JESUS, manso e humilde.

 

Ir. Maria de Lourdes Castanha - Ir.Aparecida foi minha Superiora em 1974, quando professei. Admirava sua firmeza e convicção religiosa; seu senso de responsabilidade do cargo assumido e sua caridade. Duas vezes foi um pouco ríspida comigo, mas à noite, antes de dormir me chamou em seu quarto para me pedir desculpas. Era admirável na humildade. Tinha zelo pela Casa do Senhor e estava atenta às necessidades das Irmãs. Sabia tratar bem as pessoas, os mais  sensíveis, e os mais rudes, para cada um tinha a dose certa. Foi muito firme na defesa dos valores e do Carisma da Congregação. Amava os superiores,o Instituto e a Igreja, passando isso para nós. Que Deus a guarde na paz.!

(Pronunciamento de 26/7/1994).