ITINERÁRIO

ANO           COMUNIDADE                                                  CIDADE
1942           Colégio Sagrado Coração de Jesus                       São Paulo

1944           Colégio Sagrado Coração de Jesus                       Marília
1946           Colégio                                                                Curitiba
1951           Colégio Nossa Senhora Aparecida                        Araçatuba
1957           Colégio Sagrado Coração de Jesus                       Birigui
1963           Colégio Sagrado Coração de Jesus                        São Paulo

1967           Educandário Madre Clélia                                    Adamantina
1977           Colégio São José                                                  Bauru

1983           Missão São José Operário                                     Sete Lagoas

1990           Comunidade Clélia Merloni -           Jardim da Conquista - São Paulo

1996           Comunidade Santíssima Trindade                        Belo Horizonte 1998               Comunidade Clélia Merloni –          Jardim da Conquista - São Paulo

2004           Centro Pastoral N. Sra Aparecida                         Papagaio
2005           Betânia das Apóstolas                                          Marília
 

Ir. Ângela Sbrissia, nasceu em Piraquara, PR – Brasil, em 1º de setembro de 1920; filha de Francisco Sbrissia e Verônica Canestraro. Sensível e piedosa, entrou para o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, ainda bem nova, aos quinze anos de idade. Muito aplicada nos estudos, concluiu o curso ginasial no Colégio de Cafelândia – SP, o normal na Escola Normal Santa Marcelina em São Paulo – SP, e com brilhantismo, o curso Superior em Pedagogia, na Universidade Federal do Paraná. Na Área da Educação tem um curriculum extensíssimo. Foi professora efetiva na rede oficial de ensino do Estado de São Paulo, mediante concurso público. Foi professora e diretora em muitos Colégios: Cafelândia, Marília, Araçatuba, Birigui, Adamantina, Bauru, São Paulo, Curitiba.

Tinha caráter forte e convicções firmes, mas exerceu suas funções e cargos de Professora, Diretora, Superiora e Vice-Provincial com firmeza e benevolência, como narram muitos que com ela conviveram. Era-lhe muito profunda a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que difundia com zelo apostólico entre alunos, funcionários e pessoas que participavam do apostolado e missão que exercia. Enquanto Diretora ou Superiora, não admitia recusa de alunos pobres, impossibilitados de pagar mensalidades. Participou do Projeto Rondon em Humaitá, como professora, pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, de Bauru/SP.

Fez parte, a convite da Madre Geral, em Roma, da Assembléia promovida pelo Instituto, para estudar as adaptações da Vida Religiosa, segundo orientações do Concílio Vaticano II, tarefa que desempenhou com competência e humildade. Depois de longos anos diretamente na Área da Educação Escolar, onde deixou marcas indeléveis, Ir. Ângela optou pelas missões populares, junto ao povo humilde das periferias, nas cidades de Belo Horizonte/MG, Sete Lagoas/MG, Papagaio/MG, São Paulo/SP, aprofundando a cada dia mais o seu espírito missionário e zeloso pelo reinado do Coração de Jesus nos corações dos seus assistidos, aos quais, procurava minorar as necessidades materiais e espirituais, com a caridade própria de quem ama profundamente a Deus e ao próximo.

Fisicamente enfraquecida, chega à Betânia – Marília/SP, para tratamento. Aí, como testemunham as Irmãs, foi um “anjo”, honrando seu nome, exercendo caridade a toda prova, sempre pronta a ajudar, no serviço às Irmãs acamadas, na copa, no refeitório, na capela... no amor à comunidade e a todos com que se encontrava. Amou com ternura filial a Maria Santíssima e a Madre Clélia, que procurava imitar no amor a Deus e ao próximo.

Participou do Projeto Rondon, em Humaitá, Amazonas, na qualidade de docente do curso de extensão universitária da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras “Sagrado Coração de Jesus”, de Bauru. Após essas atividades optou por trabalhar junto ao povo humilde da periferia. Disse ela certa vez: “ A porção do Reino de Deus que me foi confiada é a cidade de Sete Lagoas, MG. E é na periferia dessa cidade, num conjunto de casas populares da COHAB que exerço a ação missionária”. Fez esse pronunciamento no dia 6 de julho de 1988. 

A Comunidade da Betânia dá o seguinte testemunho da Irmã: Irmã Ângela honrou o seu nome por ter sido sempre um anjo na missão e na Comunidade onde nunca recusou um favor a quem lhe pedisse alguma ajuda. Estava sempre disponível e dizia: “até que posso quero servir minhas Irmãs” e levava a bandeja de alimento às Irmãs acamadas, varria o refeitório, ordenava a copa. Mostrava-se sempre prestativa e caridosa. E não se sentia bem ao perceber que alguma Irmã não conversava com ela. Nunca se ouviu Irmã Ângela reclamar e nem falar negativo de ninguém; era paciente, caridosa, humilde e muito boa, com espírito de sacrifício, gostava de estar ocupada com alguma coisa.

Uma das Irmãs que a conheceu bem em sua missão testemunhou que quando era diretora no Colégio de Araçatuba difundia, sem cessar e com interesse, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus com os alunos e funcionários, inclusive com os pedreiros, os quais inscreveu-os no Apostolado da Oração. Foi excelente professora e admirável diretora. Não permitia a recusa de alunos pobres impossibilitados de pagar o Colégio. Deixou marcas indeléveis de sua vida e muito me ajudou no início da minha vida religiosa. Éramos muito amigas. Em sua missão na periferia trabalhou bastante. Mostrou-se sempre humana e atribuía aos outros o bem que fazia. Irmã Ângela foi sempre Apóstola não só de nome, mas de fato.

Testemunhão não identificada: Quanto à Ir. Ângela, digo resumidamente: Ela foi uma Apóstola simples, viveu a pobreza, doada, sobretudo aos pobres e excluídos sempre, mas especialmente quando teve realizado seu grande sonho de estar no meio deles, em Sete Lagoas, MG e no Jardim da Conquista, periferia de São Paulo. Ela sempre lutou por grandes ideais no Instituto e em favor dos marginalizados. Admirava nela, entre outras virtudes, sua capacidade de pedir perdão e de perdoar. Quando havia desencontros com alguém, pois tinha um caráter forte, era sempre a primeira a pedir desculpas, mesmo

Irmã Ângela faleceu na Betânia no dia 9 de janeiro às 11h30minutos.